sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CABRAL PODE SER CONDENADO A 50 ANOS DE PRISÃO


Do Extra -

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, se condenado em virtude das investigações da Operação Calicute, na qual foi preso nessa quinta-feira, pode ser condenado a penas que somam 50 anos de prisão. Nos dois inquéritos, o Ministério Público Federal tem indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e associação criminosa. Em cada uma das investigações, após virarem processos judiciais, as condenações podem chegar a 25 anos de prisão.
O MPF ainda está em fase de investigação. A denúncia contra os suspeitos ainda terá que ser oferecida. Em seguida, as acusações tem que ser aceitas pela Justiça para que Cabral vire réu no processo. Depois de uma fase de audiências judiciais, é dada a sentença condenatória.
Sérgio Cabral foi preso suspeito de receber mais de R$ 220 milhões de propina de empreiteiras que fizeram obras no estado do Rio durante seus dois mandatos. Outras nove pessoas que são investigadas de fazerem parte do esquema foram presas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há provas de que Cabral cobrou propina da Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, nas obras do Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das Favelas e Complexo Petroquímico. Mas a suspeita é de que a prática era “disseminada em todas as grandes contratações de empreiteiras” do governo.

Os ex-secretários Wilson Carlos e Hudson Braga, suspeitos de serem responsáveis pela negociação das quantias a serem pagas, também foram presos. Para o MPF, Cabral é o chefe do esquema de corrupção.

“Essa necessidade (da prisão) faz-se ainda mais presente diante da notória situação de ruína das contas públicas do Governo do Rio de Janeiro. Constituiria afronta permitir que os investigados persistissem fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes”, afirmou o juiz Sérgio Moro, responsável pela decretação da prisão de Cabral em uma das investigações.
O MPF suspeita ainda que Cabral tenha criado a empresa Objetiva Gestão e Comunicação Estratégica Ltda, após sair do governo, para lavar dinheiro. Ele alega que dava consultoria com a companhia, mas as investigações apontam que isso não ocorria.

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