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| Foto: Globo News |
Da Agência Rio
A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) iniciou o atendimento médico e psicológico da menina encontrada nua, no último sábado, no banco traseiro do carro do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte. Segundo a secretaria, a menina e os pais passarão por avaliações no Centro Integrado de Atendimento à Mulher, onde há especialistas nas causas de violências sexuais contra crianças e adolescentes.
O secretário Paulo Melo também orientou a Secretaria a incluir o caso do coronel entre as ações investigadas pela SEASDH no núcleo de combate ao tráfico de pessoas e que conta com apoio dos promotores do Ministério Público Federal. A ideia é federalizar a apuração, caso avance a denúncia de ligação do coronel Pedro Duarte com o tráfico de bebês.
"Será necessário um minucioso trabalho para ver o rastro do coronel nestes 23 anos. Desde a sua prisão, em 1993, da qual participei, até hoje, certamente existem outros casos de violência contra crianças e que, agora, podem vir à tona, principalmente com a colaboração da população em denunciar o oficial da PM", pede Paulo Melo.
Na avaliação do secretário, a família da menina precisará de longo período de tratamento psicológico. "A família não é desestruturada como se chegou a falar inicialmente. São pessoas humildes, o pai trabalha e mora com a mãe e a família. Todos estão temerosos com a repercussão, assustados. Mostramos que as nossas equipes multidisciplinares vão ajudá-los neste momento", adiantou Paulo Melo.
Outro ponto destacado pelo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos foi a investigação disciplinar realizada pela Polícia Militar em 1993. "Apesar de ter comandado a ação que resultou na prisão do então capitão, nunca fui chamado para prestar qualquer tipo de informação na sindicância. Nem ninguém da equipe do Disque-Criança, mantido pela Alerj naquele período", revelou Paulo Melo.
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