quinta-feira, 20 de outubro de 2016

POSSÍVEL DELAÇÃO DE CUNHA PODE ATINGIR CERCA DE CEM DEPUTADOS


Do Notícias ao Minuto - 

A tensão tomou conta de Brasília, mais especificamente da Câmara dos Deputados, desde que Eduardo Cunha foi preso, no início da tarde desta quarta-feira (19). O que se comenta nos bastidores da Casa é de que na hipótese de delação, Cunha prejudica mais de uma centena de parlamentares.

"Ele é um arquivo vivo", afirmou o líder do PR, Aelton de Freitas (MG). Segundo o jornal O Globo, o deputado cassado esteve em cargos de poder que lhe permitiram influenciar em escolhas de relatores de projetos e medidas provisórias estratégicas, além de CPIs.
Aliados e adversários dizem que ele tem na memória e em anotações, informações sobre negociações feitas para a aprovação de propostas na Casa. Além disso, participou ativamente da articulação para a abertura do processo de impeachment.


Mágoa de Temer
O ex-deputado Eduardo Cunha nunca se iludiu com o fato de ter sido usado como parte essencial para 'estancar a sangria', como disse o senador Romero Jucá (PMDB-RO), em gravação divulgada na imprensa. Ele acreditava que conseguiria se safar da prisão, caso a votação na câmara tivesse sido após as eleições municipais, o que não ocorreu.
Segundo publicou o Blog do Josias de Souza, Cunha esperava, sobretudo, que o presidente Michel Temer e seus colegas do PMDB o ajudassem a empurrar com a barriga a apreciação do pedido da cassação do seu mandato. Agora preso, ele diz que recebeu “traição”, após ser um credor de “gratidão” por ter deposto a ex-presidente Dilma Rousseff.
Ainda de acordo com o Blog do Josias de Souza, ao ser preso, nesta quarta-feira (19), Cunha levou seus rancores para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Hoje, nas palavras de um amigo, Cunha nutre por Temer e pelo governo dele “uma profunda mágoa”.

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