quinta-feira, 21 de julho de 2016

SEGURANÇA: COM 400 CÂMERAS DE MONITORAMENTO, NITERÓI PODE SER MODELO PARA PETRÓPOLIS


Com determinação do Ministério Público Federal para que voltem a funcionar no dia 22 de julho, as 22 câmeras de videomonitoramento de Petrópolis ainda permanecem desligadas. No mesmo em dia em que reiterou ao município para que restabeleça o sistema, o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Igor (PMDB), conheceu o sistema de Niterói com 560 câmeras, entre públicas e privadas conveniadas que monitoram centro e bairros.  O sistema de Petrópolis, desativado, custou R$ 1,4 milhão. O MPF, provocado por notícias na imprensa, deu prazo de 40 dias para a volta do sistema.


Paulo Igor também ratificou  o pedido de informações sobre a manutenção dos equipamentos. A solicitação foi feita  diante da negativa do município de fornecer informações oficiais à Câmara de Vereadores sobre o que está sendo feito para solucionar o problema, confirmado em uma vistoria feita pelo vereador no dia 20. A recomendação, assinada pelo procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa,  foi entregue à prefeitura no dia 14 de junho.
 “A segurança é uma questão  urgente Para Petrópolis. A cada dia temos notícias de novos casos de assalto à luz do dia. De imediato as câmeras que a cidade já dispõe tem que ser reativadas, mas é preciso que o município avance e apresente projetos para capitanear recursos para um sistema integrado. Tenho conversado com técnicos para buscar soluções. Estive hoje (15)  no Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói  e verifiquei  que assim como em  Duque de Caxias, a instalação da Central foi custeada por recursos federais. Os recursos existem e precisam ser usados”, afirma o presidente da Câmara, que esteve na Central para buscar informações sobre o funcionamento do sistema acompanhado pelo também vereador Pastor Sebastião.

Até o fim do ano CISP Niterói terá mais de 600 câmeras
 Cinco vezes menor em área que Petrópolis, Niterói tem hoje 400 câmeras de monitoramento. A CISP Niterói foi inaugurada há um ano e monitora ainda mais 160 câmeras particulares, integradas.  “Até o fim deste ano mais 100 câmeras estarão funcionado”, explica o diretor Executivo da CISP, capitão Diego Ferreira dos Santos.
“Além da estrutura física, com equipamentos de ponta,  ali acontece um trabalho integrado com todas as demais forças de segurança “ destaca Paulo Igor.  O modelo de sistema integrado foi a principal demanda  apontada por autoridades de segurança de Petrópolis em reunião realizada na Câmara  para discutir problemas no monitoramento.
 “Aqui em  Niterói o  monitoramento é feito pela Guarda Civil Municipal, mas temos na mesma sala integrantes da Polícia Militar e de  órgãos municipais como Defesa Civil e  Trânsito.  A partir da semana que vem teremos aqui também o SAMU ”, explica o diretor  executivo da CISP, capitão Diego Ferreira dos Santos.
Na Central, o monitoramento é feito 24horas por dia. “São muitos os casos em que as imagens auxiliam as ações. Já tivemos casos de interceptação de bandidos após assaltos, recuperação de veículos, acidentes de trânsito. Avaliamos que em cerca de 80% dos  casos têm um resultado efetivo”, conta Diego . O diretor explica que os equipamentos são capazes de identificar também placas de veículos, o que auxilia a ação da polícia. “O sistema identifica que o veículo é roubado,  emite o alerta pra  cá e o policial de plantão já toma as providências”, explica.
A Central recebe uma média de 700 ligações por mês. “Nestes casos verificamos as imagens do local onde aconteceu o fato  e as ações são determinadas à partir daí.  Cerca de 85% das ligações geram ocorrências”, explica o subinspetor Nilson Luiz Cardoso Cunha.
Dados do IBGE mostram que o município de Niterói  tem 495 mil habitantes - cerca de 200 mil a mais que Petrópolis, porém com área de 133.919 quilômetros quadrados, cinco vezes menor do que Petrópolis.

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