“Petrópolis está perdendo uma oportunidade ímpar de frear o crescimento da criminalidade sem o funcionamento das câmeras de monitoramento”. A afirmação é do titular da 105ªDP, delegado Alexandre Ziehe. O delegado foi um dos dos convidados que participaram da reunião para discutir o sistema de monitoramento da cidade, realizada Câmara de Vereadores no último dia 1º de julho.
Até o mês de abril foram registrados na cidade 10 roubos ao comércio, o dobro do mesmo período do ano passado. Assaltos a pedestres aumentaram 105%, subindo de 19 para 41. Um dos casos aconteceu na manhã de terça-feira (28) no Valparaíso. O delegado Alexandre Ziehe destaca que a tecnologia é uma importante aliada nas investigações policiais. “As imagens nos dão a direção que foi tomada pelos bandidos. Isso agiliza a ação da polícia, que pode concentrar forças na direção correta de fuga e chegar aos bandidos”, aponta o delegado.
Além de autoridades de segurança da cidade, a reunião contou com a presença do especialista em sistemas de monitoramento e secretário de Transporte Trânsito e Mobilidade Urbana do município de Nova Iguaçu, Rubens Borborema. “A segurança é uma questão que interfere na vida de todos os petropolitanos, por isso a reunião será transmitida pelo TV Câmara para que as pessoas que não puderem vir até aqui possam acompanhar”, anuncia o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Igor (PMDB). Para assistir ao debate basta acessar o site da Câmara (www.cmp.rj.gov.br) ou sintonizar o canal 98 (Tech Cable).
A reunião foi marcada por Paulo Igor após visita às duas centrais de videomonitoramento na semana passada. Na ocasião, a comissão de vereadores confirmou que nenhuma das 22 câmeras instaladas na cidade está funcionando.
A fiscalização aconteceu após roubo a uma loja na Rua do Imperador. “Queremos buscar alternativas para que as câmeras funcionem e para que isso seja feito de forma eficiente. A segurança é importante não só para os petropolitanos, mas também para a economia da cidade, que recebe milhares de turistas”, pontua Paulo Igor.
Em muitos casos, imagens de câmeras de monitoramento privadas já ajudaram a Polícia Civil a prender criminosos. Em um dos casos, um homicídio no Bingen, a análise das imagens permitiu que a polícia prendesse o autor. A fuga do assassino até a rodoviária, onde o mesmo pegou um ônibus para sair da cidade, foi registrada por câmeras, o que ajudou a polícia. “A análise das imagens permitiu que soubéssemos qual o ônibus em que ele embarcou e conseguimos prendê-lo. Mas este não foi o único caso. Já tivemos casos de roubo de veículo na Mosela, roubo a residências no Quitandinha e no Valparaíso. São muitos casos em que as imagens nos ajudaram a prender os criminosos”, conta o delegado. Ziehe lembra, no entanto, que em todos os casos as imagens foram fornecidas por empresas, condomínios ou proprietários de apartamentos ou casas. “As imagens são sempre de circuitos privados. O município nunca nos auxiliou com imagens. Não somos sequer consultados sobre os locais de instalação das câmeras de monitoramento do município. Houve uma vez em que pedimos que algumas câmeras fossem reposicionadas e nos disseram que não era possível”, conta.
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