quarta-feira, 1 de junho de 2016

CENTRO DE INCLUSÃO DIGITAL DO PEDRAS BRANCAS ESTÁ FECHADO HÁ DEZ MESES


O que deveria ser um espaço destinado à inclusão digital, oferendo a crianças e adolescentes  cursos de informática e acesso a internet gratuitos, virou apenas um sonho. Pela segunda vez desde sua inauguração o CID (Centro de Inclusão Digital) do Pedras Brancas, na Mosela, foi desativado sem maiores explicações por parte da prefeitura.
O centro de inclusão, que funciona das dependências da sede da associação de moradores do bairro,  foi inaugurado em março de 2012, ainda durante a gestão de Paulo Mustrangi porém, sem estrutura adequada e sem sequer possuir sinal de internet, o local foi fechado meses depois, deixando dezenas de moradores sem os serviços.

Em março de 2015, o local voltou a ser ativado pelo prefeito Rubens Bomtempo, que esteve pessoalmente no local para a reinauguração. Na ocasião, o Bomtempo afirmou que o CID havia sido fechado por falta de estrutura, culpa do governo anterior, que deixou o espaço sem internet, com computadores quebrados e sem um instrutor de informática. Ao lado do então secretário de Ciência e Tecnologia, Airton Coelho, o prefeito afirmou que garantiria “toda  a estrutura necessária para o seu pleno funcionamento para que o espaço fosse conectado à realidade do bairro e à proposta dos CIDs”.  No entanto, passado alguns tempo o local voltou a ser fechado após o afastamento de um instrutor, e não mais foi reaberto.
Segundo a associação de moradores do bairro, após a segunda inauguração o CID funcionou durante quatro meses e já está há dez fechado.
- Tinhamos três turmas cheias jovens, que utilizavam o espaço. Agora estamos sem uma professor e não temos como pagar um profissional, - disse Filipe Gerhardt, disse o secretário da entidade, reclamando ainda que até as chaves da porta do centro foram levadas.
- Uma funcionária da Secretaria de Ciência e Tecnologia chamada Margarete esteve aqui e levou as chaves, de modo que sequer temos acesso à sala para podermos ao menos limpar e tentar conservar os equipamentos, - completou.
Sobre as despesas com o CID, segundo Filipe, a PMP pagava apenas o salário do instrutor e as demais despesas foram repassadas à associação, segundo um documento assinado pela ex-presidente.
 - Não temos como manter o local funcionando. Esta medida é realmente um absurdo. Muitas despesas, como compra de papel e cartucho de tintas para impressoras, foram pagas por membros da comunidade, - completou.
As despesas com os CID´s, como luz, internet e instrutores de informática, são de responsabilidade da prefeitura, que administra do espaço em conjunto com as associações de moradores.
Nossa reportagem entrou em contato com a prefeitura que, até o fechamento desta edição, não havia enviado resposta.

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