quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CRIADOR DO VOZ DA MOSELA É ENTREVISTADO EM BLOG

O Blog Companheirada, do PT de Petrópolis, entrevistou este mês o criador do Voz da Mosela Marco Antonio da Silva Garcia.   Leia na íntegra a entrevista:



Há 20 anos trabalhando na área de comunicação, o gráfico Marco Antonio da Silva Garcia, de 45 anos, iniciou sua trajetória já em um grande jornal da cidade. Morador das Pedras Brancas e engajado na luta pelas demandas da comunidade é responsável pelo jornal “A Voz da Mosela”. O que inicialmente era para ser apenas um informativo daquela localidade, transformou-se em um periódico que abrange todo o bairro, com milhares de exemplares gratuitos e apoio dos moradores e comerciantes.


Ao Companheirada, sessão do informativo “O Trabalhador”, que visa valorizar a atuação das companheiras e dos companheiros do PT Petrópolis, Marquinho Garcia fala sobre sua profissão, política e o jornal.

“Quando vai chegando o dia da distribuição (que é gratuita e de casa em casa), já começam a perguntar. Se não fossem os comerciantes e amigos, que tenho a agradecer muito, não seria possível tornar esse projeto realidade.”, diz.

Companheirada: De onde veio o interesse de atuar na área da comunicação? E a escolha em seguir a profissão de Gráfico?

Marquinho Garcia: Como a maioria dos brasileiros eu não escolhi a profissão, foi acontecendo com a necessidade de trabalhar. Com 13 anos era metalúrgico e trabalhava na antiga Matheis. Depois trabalhei no Museu Imperial, fui estampador, ajudante de pedreiro, marceneiro e trabalhei na cantina da Universidade Católica de Petrópolis. Até que em 1994, um amigo que era gerente de produção me chamou para trabalhar na Tribuna de Petrópolis. Comecei como auxiliar de fotolito, depois fotógrafo litográfico e agora trabalho na área de pré-impressão. 

Apesar do avanço constante das tecnologias, o profissional Gráfico ainda possui mercado no setor de comunicação. Existe incentivo para a categoria em Petrópolis?

Na verdade a tecnologia fez desaparecer algumas funções que eram exercidas por gráficos. Isso gerou uma grande mudança no perfil do trabalhador. Hoje, ele tem que saber o básico de informática para operar as máquinas que antes eram manuais e analógicas. Muitos ficaram pelo caminho. Não há muito incentivo e o setor gráfico está em retração. Aqui em Petrópolis temos hoje duas grandes gráficas: Sumaúma, que pertence ao Grupo Tribuna, e a Vozes.

Além de ser um profissional da Tribuna de Petrópolis, você é idealizador do jornal “Voz da Mosela”. De onde partiu o interesse em preparar um periódico que tivesse o bairro como foco?

Na Tribuna de Petrópolis são impressos jornais de várias localidades do estado do Rio e de Minas. Comecei a gostar da coisa e ter a vontade de montar meu próprio periódico. Inicialmente seria um tabloide, quatro páginas em preto e branco e só seria direcionado para o bairro Pedras Brancas, onde moro. Mas conversando com uns amigos fui convencido a fazer um jornal para toda a Mosela e adjacências, foi aí que surgiu o nome VOZ DA MOSELA. O projeto ganhou então, o apoio de mais dois membros: Marco Rossi Prevot, designer gráfico e profissional de TI, responsável pela parte de artes e de web e Demétrio do Carmo, diagramador e jornalista, responsável pela parte gráfica, conteúdo noticioso, tanto do impresso quando internet, e ações de marketing.

O jornal conta com o apoio dos moradores e de comerciantes locais? Como se da à distribuição?

Sim, graças a Deus sempre teve uma excelente aceitação em todo o bairro e os moradores já se acostumaram com o jornal. Quando vai chegando o dia da distribuição (que é gratuita e de casa em casa), já começam a perguntar. Se não fossem os comerciantes e amigos, que tenho a agradecer muito, não seria possível tornar esse projeto realidade. Eles colaboram com anúncios e cedendo local para deixarmos os exemplares para que possa abranger a maior quantidade possível de moradores. Isso demonstra o apoio recebido pela comunidade.

“A Voz da Mosela” trata também de assuntos gerais, não ficando apenas restrito às noticias da comunidade. Existe a pretensão de aumentar a quantidade de exemplares e alcançar toda Petrópolis?

O jornal tem a proposta de trazer notícias não só da Mosela, embora seja esta a prioridade, mas de toda a cidade, abordando assuntos diversos como Economia, Esportes, Saúde, etc. Também há espaços para colunistas e articulistas fixos. Como o veículo tem periodicidade mensal, é imperativo que se utilize ferramentas digitais para preencher esta lacuna temporal. Para tal, o Voz da Mosela conta com uma página no Facebook e com um blog. A página do jornal já conta com acessos superiores a 1.200/dia e é municiada durante todo o dia com informações relevantes não só de Petrópolis, mas de todo o Brasil. Com tiragem inicial de 4.000 exemplares lógico que temos a pretensão de sempre melhorar, talvez de mensal para quinzenal, ou também com uma tiragem maior, quem sabe? Trabalhando com vontade e dedicação pode acontecer um dia.

Por possuir espaço para colunistas e opinião, acredita que o veículo tem também um papel de conscientização política?

Com certeza. A mídia em geral tem esse importante papel. Mas no caso de um jornal de bairro, isso é potencializado porque você está se dirigindo a um público menor e específico. Temos também uma página de interatividade com os leitores, que podem nos mandar reclamações, fotos e sugestões para publicação.

Os veículos de comunicação em geral tem tido um papel importante na formação da opinião do brasileiro?

Sim. O brasileiro não é muito de ler, mas no caso de jornais ele acaba sendo atraído, às vezes por um título mais sensacionalista ou coisa assim. Mas acho que a influência maior ainda vem das TV´s e da Internet, sobretudo através das redes sociais e aí é uma faca de dois gumes. Há muita informação tendenciosa nas redes que acabam mais confundindo do que esclarecendo o público.

Falando de política. Você também possui atuação comunitária. O bairro da Mosela tem se organizado? Como funciona a Associação de Moradores?

Sim, atuamos junto às comunidades, fazendo matérias cujas pautas são sugeridas pelas próprias. E muitas vezes os problemas são resolvidos pelo poder público após a publicação do material. Eu particularmente não faço parte de associação de moradores porque acho que para fazer um trabalho de qualidade e em prol da comunidade você precisa de tempo, tem que estar à disposição sempre e eu não conseguiria assumir um cargo se não fosse para fazer um bom trabalho. O bairro se divide em várias comunidades e todas, ou quase todas, têm sua associação.

Este é um ano de eleições em todos os municípios brasileiros. Como avalia o cenário político em Petrópolis?

Acho que em nível estadual e federal as coisas estão ainda nebulosas. No município, os partidos ainda estão se organizando internamente e construindo suas nominatas e alianças para o próximo pleito. Por enquanto temos duas forças que devem polarizar as eleições: o PMDB e o PSB, partido do atual prefeito. Quanto à Câmara de Vereadores, acho que devemos ter algumas mudanças, assim como aconteceu em 2012, quando dez das quinze cadeiras mudaram de donos. As recentes mudanças na Lei Eleitoral e a cobrança direta nas redes sociais devem surtir algum efeito este ano.


*Os exemplares do Jornal “A Voz da Mosela” também podem ser encontrado na Banca da Praça Oswaldo Cruz, na Rua Montecaseros e na Banca do Edifício Arcádia, na Rua 16 de Março, Centro.

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